Há dias em que desejo voltar a ser menino
E na inocência sentar a beira de um lago
Para pescar sonhos e esperanças.
As águas nessa altura da vida
São torrentes carregando mazela da modernidade
Movidas pelas procelas que o tempo invade
Só se pesca ilusão, mentira e vaidade.
Águas turvas onde banha-te humano
Na ilusão de que seja insipidez e claridade.
Pescador de mim o que fazes
Com esta vara em mãos?
Se quiseres pescar o sentido da vida
Abandone essa lassidão
E aprenda a pescar estrelas
Mesmo que pareça divagação.
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