O som da madrugada se faz presente
Apenas sussuros e murmúrios estão vivos agora
Na Terra as sombras dominam
Silenciando até a canção das águas
Olho os céus e vislumbro Pégasus
Altivo com sua crina de luz
Com asas ligeiras ele segue cavalgando pelo cosmos
Divina montaria de Perseu - o herói dos homens
- Ah Pégasus. eu murmuro
- Tende pena de nós, pobres mortais
Carrega-nos em teu dorso prateado pelos caminhos de estrelas
E afastai-nos da dor de Ser
Leva-nos a estrela do norte
Onde os sonhos são feitos de algodão doce
Onde residem as doces fragrâncias dos cabelos de Vênus
Livra-nos por um instante da certeza da morte e de seus horrores
Mas Pégasus apenas continua a cavalgar pelo Cosmos
Indiferente ao pedido de um mero mortal
Ele irá descansar nas estrebarias dos montes da lua
Onde macias nuvens feito trigais lhe servem de leito
Onde a taça com o vinho de Hebe jamais deixa de se encher
E apenas Quíron pode entender a dor de ser mortal.
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