quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Amor nos tempos do Cólera


FILME BASEADO NA OBRA DE GABRIEL GARCIA MARQUEZ: O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA

Florentino Ariza (Javier Bardem), poeta e telegrafista, encontra o grande amor da sua vida ao ver Fermina Daza (Giovanna Mezzogiono) na janela da casa do pai dela. Escrevendo cartas apaixonadas, aos poucos, Florentino conquista o coração de sua amada, mas o pai da moça fica furioso quando descobre o romance e jura afastá-los para sempre. Fermina, então, é obrigada a casar com o sofisticado aristocrata dr. Juvenal Urbino (Benjamin Bratt). Ele a leva embora para Paris por vários anos e, quando voltam a morar em Cartagena, ela ainda pensa em seu primeiro amor. Florentino também não a esqueceu. Tornou-se um rico proprietário de barcos, com muitas amantes, mas seu coração ainda bate por Fermina.







O amor pode assumir diversos aspectos em toda a existência, neste trabalho foi revelado duas faces, o amor carnal, que inclui a aproximação física e o envolvimento emocional entre os parceiros, e o amor ideal, em que o amado (a) possui a atenção do (a) amante de modo quase exclusivo, por tempo indeterminado.
No amor ideal, romântico, a paixão é mais intensa, torna-se um ciclo de ilusões que, se não for encarado com maturidade, pode vir a prejudicar o relacionamento ao invés de beneficiá-lo. É como uma faca de dois gumes: é sadio – quando usado corretamente, já que não podemos negar que a sensação de estarmos apaixonados nos faz bem, nos faz flutuar, e por instantes, é benefício para a alma acreditar que tudo é perfeito; é nocivo – se usado de maneira errada, pois este, de certa forma, distorce a realidade, podendo fazer com que a vida seja desperdiçada, passando a viver em prol de uma perpétua ilusão, que em algum momento poderá ser anulada, seguida de uma frustração face à realidade.
O amor carnal, realístico, não é emoção arrebatadora e ofuscante que vemos no mundo da ficção, o amor são os pequenos atos do cotidiano que se intensificam no decorrer da vida, fazendo o amor florescer, é a construção de uma vida, uma família e um lar. O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico, o verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e do que já não é mais, prevalecendo o plano de construção em comum.
Como pudemos constatar no capítulo dois, a metáfora e o amor são indissociáveis, andam sempre juntos, pode-se dizer que são desabafos em forma de metáforas que revela a profundidade do amor, da alegria, da esperança, ou do desespero dos amantes. O amor, assim, como a vida é construído de modo único por aqueles que se amam, a relação amorosa terá o perfil que lhe derem os enamorados.
Aos apaixonados, aos que querem se apaixonar, aos que não são correspondidos em suas paixões, recorram às lições de humanidade de Gabriel García Márquez e procurem reconhecer o Florentino Ariza que habita calado e esperançoso, dentro de suas almas. O medo de amar condena à solidão e ao esquecimento.”

Santiago Ribeiro 

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