terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Aquarela


Eu pinto sonhos que nem sempre têm asas
Sonhos vividos
Sonhos esquecidos
Sonhos que poderão viver na minha tela
Na minha triste aquarela


Minha tela pode estar pintada de vazio
Silêncio vazio
Cores incolores que mostram meu rosto
Tela vazia incolor que inspira minhas cores


Eu pinto meus temores na madrugada
Onde a tempestade é a verdadeira tela
Onde a solidão disfarçada
Invade o meu quarto pela janela


Eu pinto a solidão do meu corpo
Pinto as cores da minha voz nua
Pinto meus olhos perdidos no infinito
Minha tela é meu próprio grito


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